Quinta-feira, 13 de Setembro de 2007

"Ai vai molho, batatas com repoooooolho!!!!"

Pois é... parece que o Tokyo Game Show '07 está quase aí à porta né ? E eu que não ligo nenhuma a jogos de consolas (ok, quase nenhuma... mais pormenores num futuro próximo).
Mas a verdade é que sinto uma grande curiosidade em acompanhar a industria (vá-se lá saber porquê).


E pronto, terminou aqui o post de hoje :D

...

Curto ? Ai foi curto ? Então abriguem-se, ou fujam! Fujam que vem aí uma avalanche de palavreado!!!


Aqui vai disto:

Desde os meus 13~14 anos, quando começaram a aparecer micro-computadores em Portugal que qualquer comum dos mortais podia comprar (ok, eu ainda não lhes conseguia chegar assim com facilidade, mas pelo menos já dava p'ra sonhar em algum dia ter um...) que perdi qualquer interesse pelas consolas de video jogos que já existiam na altura.
Ah, um pequeno pormenorzito: nunca tive nenhuma consola (o guito não chegava para essas mariquices) mas por feliz obra do acaso, tinha um vizinho com um Pong... erm... já era qualquer coisa, né ? ...pois, pá altura, era.

Mas, "não me interessavam as consolas porquê?", oiço ali alguém perguntar ao fundo... (façam de conta, ok ? 'brigado!) ...Ora, porque o que me interessava mesmo era perceber como é que se conseguia programar uma coisa daquelas, e por isso, os jogos, durante uns tempos, eram apenas um efeito secundário (mas muito divertido e algo consumidor de tempo, no inicio) da novidade.

Manual do ZX81, que li de fio a pavio quando consegui umas fotocópias já não me lembro bem como...Felizmente, a minha ansia de perceber como é que uma coisa daquelas funcionava era tal que li tudo o que podia antes mesmo de ter uma... vai daí que, talvez por isso, quando finalmente consegui meter as mãos numa, grande parte do meu tempo foi passado a tirar partido desse conhecimento teórico e não apenas gasto com os jogos que já na altura era possível correr numa coisa daquelas.   ...acho que se não tivesse sido assim, teria olhado para um micro-computador como um simples brinquedo caro, uma maquina de jogos com teclas... embora com a possibilidade "teórica" de fazer mais coisas, mas que na prática acabaria por ter preguiça de explorar, distraido pela satisfação rápida e imediata de simplesmente carregar um jogo e estorricar umas horas valentes naquilo sem aprender nadinha de jeito (nessa altura ainda nem havia jogos de aventura em texto, para no minímo se poder dizer que se estava a melhorar o inglês... coisa que aconteceu um pouco mais tarde).

Sir Clive Sinclair's Sinclair Research, Ltd.

Sinclair ZX-81Foi assim que, quando meti as mãos pela primeira vez num ZX-81, a primeira coisa que me interessou foi testar os meus conhecimentos (apenas teóricos até aí) de Sinclair BASIC (ok, aquilo também não dava p'ra grandes jogos, lá isso é verdade... a baixíssima resolução, a preto e branco, sem som... enfim, mas para quem nunca sonhou em ter tal "poder" nas mãos... era fixolas).


Sinclair ZX Spectrum Quando consegui então comprar o meu ZX Spectrum 48K, grande parte do meu tempo foi passado a fazer experiências com programação e a tentar tirar o máximo partido daquele pedacito de alta tecnologia que me tinha vindo parar às mãos. Eventualmente acabei por também me aperceber que havia muito mais por detrás do BASIC, pois comecei também a perceber que raio era isso da linguagem máquina :D ...e ok, nos intervalos, também jogava, claro ;)

Amostra do teclado do Sinclair ZX Spectrum originalPor falar em jogos para o Spectrum, eis uma maneira muito simples de experimentar alguns, através deste excelente emulador online do Sinclair ZX Spectrum 48K em flash.

Consegue-se assim acesso simples a clássicos como Manic Miner (com a primeira tentativa de musica pseudo-duo-fónica, eh! Mais tarde melhor conseguida pelo jogo Fairlight), Jet Set Willy, Jet Pac e os "revolucionários" Knight Lore e Alien 8 em erm... "3D" (epá... pá altura era, pronto!). Ah... e para quem tiver curiosidade em saber o que é que se obtinha assim que se ligava um ZX Spectrum, eis o... err... "desktop" aka o Sinclair ZX Spectrum BASIC ;)


Embora não fosse um jogador fanático (pois não tinha trocos para isso), como qualquer teenager nessa altura, também estorriquei uma certa quantidade de moedas n'alguns cafés e recentes arcadias (i.e. salas de jogos) onde se começava a ver algumas maquinas com jogos video a tirar o lugar das maquinas de pinball (que nunca achei muita piada, diga-se). Portanto... aos poucos também me agradou o facto de até poder jogar uns joguitos ligeiramente parecidos com os das maquinas de jogos video de então, embora com menos qualidade de som e imagem, sempre dava p'ra poupar uns cobres...

Acho que me fascinava mais a tecnologia que propriamente alguns jogos... bem, mas lá que era uma forma divertida de tomar contacto com tecnologia avançada, lá isso era :D


Pouco tempo depois já tinha percebido que afinal havia um sem fim de linguagens de programação (erm... fascinante, não? pois... isto tá quase a acabar ;) é só mais um cadito, ok?), pois apercebi-me que o Jupiter ACE vinha com uma linguagem de programação "estranha" chamada FORTH. Nunca consegui mexer num, mas...

Oric 1....acabei por ter contacto com essa linguagem através dum ORIC-1, emprestado por um amigo que sabia do meu interesse e curiosidade por aparelhos diferentes da norma (aquilo até tinha um sintetizador de 3 canais de som pá !!! ...e acho que 1 de barulho, fixe para ritmos). Enfim, era um micro engraçado... tinha era que se programar, claro :P ...era muito pouco conhecido, como já disse, não usava BASIC (pelo menos aquele modelo especifico) mas sim FORTH, então isso "assustava" os possíveis interessados e também não havia assim muita coisa feita para ele.

Manual de programação do ORIC-1 - Linguagem FORTHNota adicional: Enquanto procurava links para o ORIC-1, reparei que muitos falavam que este usava BASIC como a sua linguagem de programação em ROM mas eu ia jurar que o que usei nele foi o FORTH. Felizmente achei alguns links que mencionam que o ORIC-1 Modelo 48 trazia mesmo a linguagem FORTH na ROM... o que me descansa um pouco, pois isto indica que afinal não estou tão maluco como à primeira vista poderia parecer :P ...portanto, tá visto que foi esse que tive nas mãos, e não as versões posteriores que entretanto, precisamente pela pouca popularidade da linguagem, devem ter sido revistas e lançadas com BASIC na ROM, como a sua linguagem de programação por defeito.

Bom, já falei um pouco da (minha) pré-história da micro-informática em Portugal (alguém se lembra da Laundry?), portanto... acho que vou ficar por aqui, senão até eu perco a pachorra p'ra ler isto ;P

Vá... para quem não sabe o que é BASIC, vai aqui uma coisita gira (esperem p'lo fim):

..
sinto-me:
publicado por Koshdukai às 22:00
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